Baixar os braços
Não tenho escrevinhado quase nada. Confesso que me sinto quase cobarde por ter desistido, mas a verdade é que me sinto esgotada, pela primeira vez em anos. Não cansada, esgotada e vazia. Como se dentro de mim apenas houvesse um mar revolto, que teima em libertar-se, sem aviso prévio, pelas janelas da minha alma. Por isso, tenho trabalhado com afinco, sem tempo para nada mais que não sirva para me aplacar a consciência de estar ausente daqui para a próxima semana. Daí a cobardia. Vou fugir. Por uma semana vou abandonar tudo e todos, familia, amigos, trabalho. Vou tentar recuperar a força perdida, a largueza de ombros, o mar calmo e limpido de que preciso para que respirar não seja um esforço desumano.
Voltarei aqui, sempre que precise e que possa. E isto, como disse o outro, é uma ameaça.
Voltarei aqui, sempre que precise e que possa. E isto, como disse o outro, é uma ameaça.
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