Ontem
Dia da primeira data para o julgamento da mãe do Arturito pelo crime de ameaças. Já todos contávamos com a ausência da arguida, para quem apenas constava no processo nomeação oficiosa de advogado de defesa. À hora marcada, feita a chamada, a dita não estava. Dirigimo-nos para a sala de audiências, quando aparece um dos advogados da dita, que se apresenta à colega nomeada oficiosamente, e cujo diálogo não posso reproduzir, por não ser mosca...
Pouco depois são chamados a entrar na sala os advogados, e menos de dez minutos depois chamam-nos a nós. Somos informados pela Meretissima Juiza de que lhe foi comunicado pelo advogado da arguida que a mesma se encontrava doente, tencionando apresentar posteriormente atestado médico justificativo, pelo que estávamos todos convocados para comparecer em juizo na segunda data marcada, ou seja, dia nove de Março à mesma hora. Entreolhámo-nos todos num pensamento comum: quem é que levou o menino à escola, então?
Agradecemos, saimos e decidimos ir beber café. Entrámos no estabelecimento e sentadinha à mesa estava a referida arguida. Ao balcão, três agentes da autoridade tomavam calmamente o pequeno almoço. A advogada do Artur solicitou aos mesmos que identificassem de imediato a senhora, coisa que os mesmo não fizeram dado que ela não era suspeita de nenhum crime. A dita "coisa" saiu calmamente do café. Ficámos com os nomes dos agentes, do dono do café, que gentilmente se ofereceu para testemunhar em tribunal que a senhora andava a passear por ali desde as 8h30m, e fomos embora, direitos à escola, para saber se alguem tinha assistido à chegada do miudo. Ainda apanhámos o fim do intervalo. O Arturito correu direito ao pai e disse "toma lá um beijo com a boca gelada". O miudo tinha vestida uma camisa de flanela e um polo de verão, e segundo ele e uma auxiliar que estava perto de nós, ele tinha chegado sem casaco, tinha andado toda a manhã cheio de frio e até já tinha andado com um casaco de um colega vestido. Fomos falar com o professor, para saber se ele tinha visto a mãe deixar o miudo na escola. O professor disse que não, que ele tinha chegado às 8:05, cheio de frio e que se tinha queixado de ter a roupa molhada, mas que o ele não tinha dado por nada. Ok, dissémos nós, vamos só a casa buscar-lhe um casaco e voltamos já. Assim fizémos, e quando voltámos eu entrei na sala para lhe vestir uma camisola de lã polar e quando puxei a camisola para baixo reparei que a camisa estava húmida. Comecei a verificar a roupa e então dei pelo facto de ele ter quer a camisa, quer o polo quer as calças completamente húmidas. A camisa tinha todo o aspecto de ter secado já no corpinho dele, o polo ainda estava todo húmido. Pedimos ao professor para o levar a casa para mudar de roupa. A camisa que lhe tirei ainda tinha colarinho, a parte dos botões e os punhos húmidos, as calças e até as cuecas estavam ainda molhadas, o miudo estava roxo com frio. Dei-lhe um banho quente, vesti-lhe roupa quentinha e um casaco e dei-lhe, preventivamente, uma colher de Ventilan (xarope para a tosse aconselhado a asmáticos) e outra de Brufen (para evitar febre ou inflamações) e lá o fomos por de novo à escola, em dia em que ele tinha ficha de avaliação de lingua portuguesa que não conseguiu acabar por ter perdido tempo nestas andanças.
Em resumo: tirei o dia de férias. Há mulheres que não deviam ser autorizadas a parir.
Pouco depois são chamados a entrar na sala os advogados, e menos de dez minutos depois chamam-nos a nós. Somos informados pela Meretissima Juiza de que lhe foi comunicado pelo advogado da arguida que a mesma se encontrava doente, tencionando apresentar posteriormente atestado médico justificativo, pelo que estávamos todos convocados para comparecer em juizo na segunda data marcada, ou seja, dia nove de Março à mesma hora. Entreolhámo-nos todos num pensamento comum: quem é que levou o menino à escola, então?
Agradecemos, saimos e decidimos ir beber café. Entrámos no estabelecimento e sentadinha à mesa estava a referida arguida. Ao balcão, três agentes da autoridade tomavam calmamente o pequeno almoço. A advogada do Artur solicitou aos mesmos que identificassem de imediato a senhora, coisa que os mesmo não fizeram dado que ela não era suspeita de nenhum crime. A dita "coisa" saiu calmamente do café. Ficámos com os nomes dos agentes, do dono do café, que gentilmente se ofereceu para testemunhar em tribunal que a senhora andava a passear por ali desde as 8h30m, e fomos embora, direitos à escola, para saber se alguem tinha assistido à chegada do miudo. Ainda apanhámos o fim do intervalo. O Arturito correu direito ao pai e disse "toma lá um beijo com a boca gelada". O miudo tinha vestida uma camisa de flanela e um polo de verão, e segundo ele e uma auxiliar que estava perto de nós, ele tinha chegado sem casaco, tinha andado toda a manhã cheio de frio e até já tinha andado com um casaco de um colega vestido. Fomos falar com o professor, para saber se ele tinha visto a mãe deixar o miudo na escola. O professor disse que não, que ele tinha chegado às 8:05, cheio de frio e que se tinha queixado de ter a roupa molhada, mas que o ele não tinha dado por nada. Ok, dissémos nós, vamos só a casa buscar-lhe um casaco e voltamos já. Assim fizémos, e quando voltámos eu entrei na sala para lhe vestir uma camisola de lã polar e quando puxei a camisola para baixo reparei que a camisa estava húmida. Comecei a verificar a roupa e então dei pelo facto de ele ter quer a camisa, quer o polo quer as calças completamente húmidas. A camisa tinha todo o aspecto de ter secado já no corpinho dele, o polo ainda estava todo húmido. Pedimos ao professor para o levar a casa para mudar de roupa. A camisa que lhe tirei ainda tinha colarinho, a parte dos botões e os punhos húmidos, as calças e até as cuecas estavam ainda molhadas, o miudo estava roxo com frio. Dei-lhe um banho quente, vesti-lhe roupa quentinha e um casaco e dei-lhe, preventivamente, uma colher de Ventilan (xarope para a tosse aconselhado a asmáticos) e outra de Brufen (para evitar febre ou inflamações) e lá o fomos por de novo à escola, em dia em que ele tinha ficha de avaliação de lingua portuguesa que não conseguiu acabar por ter perdido tempo nestas andanças.
Em resumo: tirei o dia de férias. Há mulheres que não deviam ser autorizadas a parir.
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