19/09/2003

Ultimas da novela

Voltámos às lides, como já se esperava. A mãe do Arturito é advogada. Juro. Digo isto porque estou habituada a ninguém acreditar que ela o é.
Ora, a regulação do poder paternal do miudo, feita judicialmente por incapacidade de acordo entre os pais, determinou que, como a guarda e exercicio do poder paternal foram atribuidos ao pai, que à mãe compete o pagamento da prestação de alimentos. Esta coisa da prestação de alimentos é um direito irrenunciável da criança. Isto significa que, nem que seja com um euro, o progenitor a quem não é atribuida a guarda tem de auxiliar nas despesas correntes do menor.
Vocês não sabiam. Pois é. Mas ela não só tirou o curso de direito, como fez estágio, e ainda por cima teve processos de regulação de poder paternal de clientes dela.
Dizia ela ao telefone, na terça-feira: "Tu, se fosses um homem como deve ser, não me pedias dinheiro." Mandou ela recado pelo filho ontem: "Diz lá ao pai que eu não pago até ao divórcio".
Sabem o que me anima? É que o Artur, quando se separou dela, deixou-a ficar com todos os bens do casal. E bens significa haver algo para penhorar à ordem do tribunal de menores até que a senhora pague o que deve. E que não é pouco. Mas o que eu gostava mesmo era que o tribunal ordenasse que o dinheiro em questão fosse automaticamente deduzido no valor mensal que ela recebe de rendas... ISSO é que eu gostava...