Esqueci-me...
...do que vinha dizer. Vim muito lançada, no regresso do quarto de hora de almoço que me permiti, aqui direitinha para vos dizer algo que já não sei o que era. Adoro quando isto acontece. :p
Bem, vou práqui carregando numas quantas teclas, pode ser que me lembre do que era... Para já, há que referir que este ano parece que o Arturito está com sorte... ou não. Para nós, pais ou equiparados, o professor é dos melhores que se podia arranjar lá pela escola: não admite faltas de respeito, é exigente quanto ao que ensina e quanto á educação, tem cuidado com os miudos e trata-os com algum carinho, enfim, um auxiliar precioso para nós. (Quanto a isto, muito poderiamos dizer sobre quem auxilia quem, que há para aí uns pais e mães que têm entendimento diverso do meu, mas, não temos tempo!) Para o miudo, a perspectiva é diversa, claro. O Prof.Mário já tinha fama daquilo que é, e miudo que se preze prefere largamente quem dele pouco exija e lhe dê mais "amplitude de movimentos", do que alguém que os faça andar direitinhos...
Eu sabia que me havia de lembrar! Numa troca de e-mails com alguém com quem gosto cada vez mais de o fazer, fui considerada como pertencente à classe média/média-alta. Não sei muito bem quem é que se enquadra em qual, nem como se dividem... Para a Manuela Ferreira Leite, pelo que me leva em impostos, até devo pertencer à classe alta, mas acho que ser "aliviada" de tantos euros todos os meses significa apenas que trabalho por conta de outrem e sou mal paga. Não recebo nem cinco cêntimos a mais do que aquilo que vem no meu recibo. Não exerço qualquer actividade remunerada fora deste meu local de trabalho. O Artur ganha tanto como eu, quando ganha, que a empresa dele deve-nos três meses de ordenado. Não pertenço, claramente, a uma classe baixa. Temos uma casa adquirida com recurso a crédito, um T3 com 27 anos e a precisar de melhoramentos (nada de canalizações, que essas já foram abençoadamente substituidas pelos anteriores proprietários. Temos dois veiculos automóveis, um com doze, outro com dez anos, ambos já alvo de reparações que exigiram recurso a crédito, mas cuja substituição não pode ser por nós ponderada, nem com recurso a crédito. Temos dois miudos, um no ensino público mas também no ATL da escola, outro num infantário de uma IPSS, que mesmo assim sai caro. Eu compro o passe da Carris para vir para Lisboa, o Artur, por causa dos horários e da localização do emprego, traz o carro diariamente. Isto tudo, se calhar, atira-nos para a classe média, nunca para a média-alta. E se assim é mesmo, é uma chatice pertencer a tal classe neste país, em que ser médio significa contar os euros que se tem até ao fim do mês. Pertencer à classe média deveria significar que se chegava calmamente até ao fim do mês, desde que não se fizessem extravagâncias. Deveria significar que quando o Artur precisa de um fato eu não precisasse de fazer contas para ver se pode ser este mês ou não.
Mas haja saúde e paz, que o resto a gente faz.
Bem, vou práqui carregando numas quantas teclas, pode ser que me lembre do que era... Para já, há que referir que este ano parece que o Arturito está com sorte... ou não. Para nós, pais ou equiparados, o professor é dos melhores que se podia arranjar lá pela escola: não admite faltas de respeito, é exigente quanto ao que ensina e quanto á educação, tem cuidado com os miudos e trata-os com algum carinho, enfim, um auxiliar precioso para nós. (Quanto a isto, muito poderiamos dizer sobre quem auxilia quem, que há para aí uns pais e mães que têm entendimento diverso do meu, mas, não temos tempo!) Para o miudo, a perspectiva é diversa, claro. O Prof.Mário já tinha fama daquilo que é, e miudo que se preze prefere largamente quem dele pouco exija e lhe dê mais "amplitude de movimentos", do que alguém que os faça andar direitinhos...
Eu sabia que me havia de lembrar! Numa troca de e-mails com alguém com quem gosto cada vez mais de o fazer, fui considerada como pertencente à classe média/média-alta. Não sei muito bem quem é que se enquadra em qual, nem como se dividem... Para a Manuela Ferreira Leite, pelo que me leva em impostos, até devo pertencer à classe alta, mas acho que ser "aliviada" de tantos euros todos os meses significa apenas que trabalho por conta de outrem e sou mal paga. Não recebo nem cinco cêntimos a mais do que aquilo que vem no meu recibo. Não exerço qualquer actividade remunerada fora deste meu local de trabalho. O Artur ganha tanto como eu, quando ganha, que a empresa dele deve-nos três meses de ordenado. Não pertenço, claramente, a uma classe baixa. Temos uma casa adquirida com recurso a crédito, um T3 com 27 anos e a precisar de melhoramentos (nada de canalizações, que essas já foram abençoadamente substituidas pelos anteriores proprietários. Temos dois veiculos automóveis, um com doze, outro com dez anos, ambos já alvo de reparações que exigiram recurso a crédito, mas cuja substituição não pode ser por nós ponderada, nem com recurso a crédito. Temos dois miudos, um no ensino público mas também no ATL da escola, outro num infantário de uma IPSS, que mesmo assim sai caro. Eu compro o passe da Carris para vir para Lisboa, o Artur, por causa dos horários e da localização do emprego, traz o carro diariamente. Isto tudo, se calhar, atira-nos para a classe média, nunca para a média-alta. E se assim é mesmo, é uma chatice pertencer a tal classe neste país, em que ser médio significa contar os euros que se tem até ao fim do mês. Pertencer à classe média deveria significar que se chegava calmamente até ao fim do mês, desde que não se fizessem extravagâncias. Deveria significar que quando o Artur precisa de um fato eu não precisasse de fazer contas para ver se pode ser este mês ou não.
Mas haja saúde e paz, que o resto a gente faz.
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