27/10/2003

O regresso

Ver a cara de alivio do meu colega Álvaro valeu a pena. Desgraçado, que trabalhou pelos dois nestas minhas três semanas de ausência... Ver a compreensão na cara do meu director, quando lhe disse que bem não estou, mas estou melhor e me sinto capaz de trabalhar também foi agradável. O que não está nada a ser agradável é ter muito trabalho para fazer e continuar a morrer de sono por aqui, o Artur não ter o YM ligado e a Maria também não. A chuva também não está a ajudar ao estado de espirito, e há aqui uns raios de sol pelo meio das nuvens que me compllicam com os olhos. Em suma, nada de novo a norte do Tejo.
O Festival de Gastronomia estava melhor que no ano passado (ajudou bastante o ter chegado cedinho) e o sábado foi passado basicamente a dormir, excepto umas comprinhas ao fim da tarde. No domingo é que a coisa animou mais um bocadito. Foi dia de fazer broas para o dia de Todos os Santos. A minha tradição familiar favorita, que este ano não pode ser em Pernes, e por isso foi mesmo em minha casa. A prima Mónica apareceu para ajudar, as outras baldaram-se, mas o que é certo é que elas estão feitas e estão bastante boas, apesar de lhes faltar aquele gostinho que só um forno a lenha lhes pode dar. Mas lá amassámosos oito kilos de massa, lá tendemos as broas no tamanho desejado, espetámos-lhe a amêndoa da praxe, cobrimos com um pouco de ovo batido e esperámos que o calor do forno fizesse o resto. Cinco horas de trabalho. Depois, claro, deitei-me e dormi. :o)
Ainda não sei o que faça à familia que não ajudou. Cá para mim, deixo-a de água na boca e não lhes dou nem uma... ehehehe mas não pode ser, que a ideia das broas é a base do "pão por Deus" do 1.º de Novembro, e eu cumpro religiosamente esta tradição. Portanto, o próximo fim-de-semana vai ser de visita a tios e primos, e à sogra, essa maravilhosa criatura que no Natal me matará o desejo de coscurões, arte na qual é mestra.
Não estou a dizer coisa com coisa, mas não me ralo. Estou de volta, com muita calma, e este regresso até sabe bem.