22/01/2004

Último dia

É hoje que o Artur sai definitivamente da empresa. Penso nisto enquanto a Cláudia Capela me informa do estado do trânsito em Lisboa e Porto por uma orelha e pela outra entra Lenny Kravitz. Tocou agora o telefone: o professor do Arturito telefonou agora para o Artur a dizer que o miudo está com dores de garganta e de barriga e que está muito prostrado. Veio da visita à mãe, claro, que não se deve ter apercebido ou ralado com o estado de saúde do miudo. Já telefonei à minha mãe, que vai buscar o miudo à escola, porque o Artur tem de ir mesmo ao trabalho para as patroas lhe assinarem os impressos necessários a requerer o subsidio de desemprego. Tudo isto significa que, caso o Arturito esteja mesmo em muito mau estado, irei eu para casa. E vou com muito gosto, que o trabalho que chegou hoje bem poderá marinar até amanhã (eheheh) e eu sempre tenho mais jeito para tratar de problemas de saúde.
Tudo isto acaba por ser irónico: no caminho para cá, hoje de manhã, vinha a pensar que, nas refutações que se fazem no processo de regulação do poder paternal, nunca se fez referência (pela nossa parte) ao facto de a mãe do Arturito nunca ter tido uma atitude que tendesse a proteger os interesses do miudo, mas apenas e exclusivamente os seus. Sexto sentido?... Nada mais a dizer, vou esperar que a minha mãe me telefone a comentar o estado concreto do miudo e depois logo vejo o que farei.