12/01/2004

Mais um para a estatistica

Na sexta-feira sentia-me num estado de profundo desespero e ansiedade. Mais uma vez a minha vida estava caótica. Parecia quase tirada do mais psicadélico filme do Tarantino. Nessa noite rebatemos ponto por ponto os relatórios dos Institutos de Reinserção Social relativos à alteração da regulação do poder paternal, que não nos eram muito favoráveis.
Sábado levámos o Pedro a Santarém e voltámos de imediato, para entregarmos à nossa advogada os papéis que lhe permitirão contradizer os referidos relatórios. Continuámos a conversa dos dias anteriores, e a conclusão foi só uma: o Artur enviar hoje a carta de rescisão do contrato de trabalho à empresa que não lhe paga há cinco meses, situação que nos tem levado à loucura, ou quase. Dormi a sesta. Lavei e sequei roupa.
Domingo, a reunião de familia. Angústia, medo e ansiedade ao pequeno-almoço. Afinal tudo se manteve nos níveis de paz podre que nos permite continuar uma relação familiar mais ou menos equilibrada, em que todos sabemos com que contar. Almoço com a familia que ficou para almoçar, lanche ajantarado em casa da minha irmã que não tinha podido estar presente na reunião. Regresso a casa, esgotada. Que se lixe a roupa para passar a ferro.
Hoje o Artur manda a carta. Tenta falar com as patroas sobre o assunto, que refere qual é. Elas mostram indisponibilidade momentanea para o fazer, mas não se coibem de lhe enviar um e-mail cuja interpretação leva a crer que tentam agora justificar que elas é que o deveriam ter despedido.
Se a situação já tem sido má até aqui, não sei como será nos próximos tempos. Mas pelo menos o Artur sente-se menos angustiado, e a saúde dele é mais importante que o resto. O resto resolve-se. Em frente há caminho, vamos andando que em algum lugar encontraremos onde descansar.