02/02/2004

Tadito do causidico...

Tal como vos disse, na sexta-feira o Artur foi lá à reunião com o advogado da mãe do Arturito, por causa do divórcio e da alteração da regulação do poder paternal.
O Sr.Doutor entrou ao ataque. Citou o velho caso da prostituta que conseguiu manter o exercicio do poder paternal porque o filho desconhecia a actividade da mãe, e deu outros exemplos que todos os que passaram por uma Faculdade de Direito ouviram como casos práticos a ter em linha de conta. O Artur e a advogada foram ouvindo, de sorriso nos lábios. Aquilo que se previa começava a confirmar-se. O Sr.Doutor não fazia ideia de metade da "missa", quanto mais dela toda. Quando o senhor passou a palavra, começou a ouvir o que não queria: a relação da mãe do Arturito com um homem casado cuja mulher estava a par de tudo (e que ele próprio citou como testemunhas abonatórias no processo de alteração da regulação do poder paternal); das situações a que o miudo tem sido exposto quanto a tal relação (não sei se já aqui mencionei que por duas vezes ele assistiu a relações sexuais entre eles, uma por todos dormirem na mesma cama, outra porque supostamente estariam os dois na cozinha a tratar do jantar mas a comida afinal era outra...); das situações de agressão física de que existem processos-crime a decorrer em fase de acusação e inquérito; do não cumprimento do acordo quanto às questões patrimoniais do casal; do facto de ela não pagar a prestação de alimentos, mas ter o tal carrito novo; da queixa à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sintra, enfim... Quanto mais ouvia, mais pálido o senhor ficava.
Claro que vai falar com a sua cliente, claro que vai tentar chamá-la à razão (das poucas frases que o senhor foi dizendo a mais usada foi "O Artur tem razão"), e, claro, como nós prevemos, ela vai mandá-lo dar uma curva e arranjar outro advogado, daqueles bons, a quem não contará metade da história de novo e que se deixe enterrar também com ela...
Estamos à espera disto tudo. Sabemos que vai ser assim. Que nada se vai resolver pacificamente. Que tudo isto será alvo de julgamento, quer quanto ao miudo quer quanto ao divórcio. Mas continuamos à espera de um milagre. Afinal, eles vão acontecendo por aí...