Estou tão farta!
Dizia o Sr.Ministro que trabalhar é contra natura ou coisa parecida. Eu trabalho numa instituição bancária de créditos firmados (e outros mal-parados, mas não é isso que interessa agora), com lucros que aumentam todos os anos e essas coisas todas. Há quem diga que só quem vive no convento sabe o que vai lá dentro. Ora eu vivo neste convento há treze anos, e cada vez me convenço mais que por aqui ocorrem milagres. Agora pedem-nos o milagre de trabalhar sem papel, sem pastas de arquivo, e principalmente, sem café. Tudo por causa de birras de funcionários, de uma péssima gestão de atribuições feita pela direcção do meu departamento, e de uma técnica que se acha o supra-sumo da batata e decidiu meter o bedelho onde ninguém a chamou. Sem falar na incompetência de um director, que ao tentar remediar a situação ainda a piorou.
Ando a fazer o trabalho de três pessoas. TUDO é urgente. Penso seriamente adoptar o sistema dos hospitais e dar à direcção papelinhos verdes, amarelos e vermelhos para capear os processos que me distribuem, em função de quantas pessoas já lhes teleforaram a pedir urgência no tratamento do dito.
Como se isto não bastasse, temos a crise económica. Esta altura do ano é dramática para quem tem filhos. Depois de ter gasto rios de dinheiro no baptizado do Pedro, que o pai apenas comparticipará (em data a escolher pelo próprio) a 25%, surgem as despesas escolares.
E a crise da saúde: o marido da minha mãe é operado amanhã no HGO, a qualquer coisa na bexiga e na próstata, com os inerentes problemas de ordem psicológica que se abateram sobre o agregado familiar. E a consulta do Pedro no dia 9, em Santa Maria, para perceber afinal que raio de problema respiratório é que ele tem, ou não, e à qual o pai já informou que não irá, porque afinal eu levei o puto lá às urgências e só o informei a posteriori, logo, não preciso da presença dele (esta ultima parte é indiscutível, não preciso mesmo dele lá para nada).
Temos ainda a situação negocial: ficar ou não com o trespasse de uma papelaria e apostar nisso o futuro da familia lá de casa, criando por um lado uma ocupação para o Artur e tentar assegurar a estabilidade económico-financeira.
Por ultimo, a declaração bombástica de Artur ontem: estou a pensar seriamente em deixar o Artur para o ano ir viver novamente com a mãe. Desengane-se quem espera comentários meus. Ainda não decidi quais os politicamente correctos que não impliquem maldizer a minha vida nos ultimos quatro anos, e achar que realmente nada vale a pena mesmo quando a alma não é pequena.
Haja paciência...
Ando a fazer o trabalho de três pessoas. TUDO é urgente. Penso seriamente adoptar o sistema dos hospitais e dar à direcção papelinhos verdes, amarelos e vermelhos para capear os processos que me distribuem, em função de quantas pessoas já lhes teleforaram a pedir urgência no tratamento do dito.
Como se isto não bastasse, temos a crise económica. Esta altura do ano é dramática para quem tem filhos. Depois de ter gasto rios de dinheiro no baptizado do Pedro, que o pai apenas comparticipará (em data a escolher pelo próprio) a 25%, surgem as despesas escolares.
E a crise da saúde: o marido da minha mãe é operado amanhã no HGO, a qualquer coisa na bexiga e na próstata, com os inerentes problemas de ordem psicológica que se abateram sobre o agregado familiar. E a consulta do Pedro no dia 9, em Santa Maria, para perceber afinal que raio de problema respiratório é que ele tem, ou não, e à qual o pai já informou que não irá, porque afinal eu levei o puto lá às urgências e só o informei a posteriori, logo, não preciso da presença dele (esta ultima parte é indiscutível, não preciso mesmo dele lá para nada).
Temos ainda a situação negocial: ficar ou não com o trespasse de uma papelaria e apostar nisso o futuro da familia lá de casa, criando por um lado uma ocupação para o Artur e tentar assegurar a estabilidade económico-financeira.
Por ultimo, a declaração bombástica de Artur ontem: estou a pensar seriamente em deixar o Artur para o ano ir viver novamente com a mãe. Desengane-se quem espera comentários meus. Ainda não decidi quais os politicamente correctos que não impliquem maldizer a minha vida nos ultimos quatro anos, e achar que realmente nada vale a pena mesmo quando a alma não é pequena.
Haja paciência...
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