29/08/2003

Apetites

Não tenho grande fome e a Maria Papoila, minha companhia habitual para almoço, hoje não pode almoçar comigo. Stress pré-férias. E eu, que tenho a cabeça às voltas, prefiro ficar aqui a escrever que sair para a rua, apesar de ter no carro um livro que ando a demorar muito mais que o costume a ler...
A mãe do Arturito ontem, de calos apertados pela visita das senhoras da Comissão de Protecção, decidiu que se calhar era melhor falar com o Artur. Reconheceu e admitiu que o filho está mal educado, que lhe faz todas as vontades, que lhe deu uns sopapos mas nada mais. Continuo a ser o seu ódio de estimação, e na cabeça dela tudo o que sucedeu nestes dias foi culpa do Artur. Este facto foi assimilado pelo miudo, que pretendia esclarecer com o pai o porquê do sucedido. Alguma coisa aconteceu, mas parece-me que o miudo prefere uma cena de pancadaria de vez em quando a educação todos os dias. É normal.
O Artur deve ter pensado que agora as coisas melhoram. Eu pensei em ir de imediato pedir ao Tribunal a revisão da regulação do poder paternal. E em arranjar forma de despachar o divórcio. Tudo em prol de melhorar a qualidade de vida da nossa familia e de afastar o mais possível aquela senhora.
Mais uma vez, hoje, ele não recebeu ordenado. Pensei seriamente que, pelo volume de trabalho que a empresa tem tido, que hoje haveria dinheiro para regularizar a situação, se não totalmente, pelo menos de forma mais agradável do que os € 280 que lhe vão dar, e que mal chega para as despesas todas da casa que temos obrigatoriamente de pagar na próxima semana.
Felizmente a despensa está meio cheia e há comida para o Joaquim...