04/12/2003

Dever cumprido

Já fiz tudo quanto tinha para fazer hoje aqui no trabalho. As ajudas ao Álvaro estão dadas, ele não aceita mais, a minha secretária está limpa e só o telefone não me deixa estar a escrever em paz.
O Artur está em Espanha, só volta amanhã. No todo, esta semana só viu o Arturito na terça-feira, graças à idiotice da mãe, e só o voltará a ver na próxima terça. Entretanto, o pai do Pedro não me atende o telefone, não percebo bem porquê, e continuo sem saber se o puto vai passar o fim de semana com ele ou não. Não estou ralada, ainda assim.
Tenho visto alguns telejornais, e tenho apanhado com cada notícia que cada vez tenho mais vontade de não ver noticias nenhumas mesmo. Um continuo pega fogo à perna de um miudo; uma casa desaba e mata duas pessoas; o Miguel Sousa Tavares diz que a culpa dos acidentes não é da velocidade nem do álcool, mas de uma prevenção rodoviária condenada à partida; falam da falta de pediatras, nos caos das urgências hospitalares e esquecem-se que os portugueses parecem desconhecer o conceito de "urgência"; o Bagão Félix não acha que três dias de atraso no pagamento dos subsidios de desemprego (que já de si são uma fortuna mas são a unica fonte de rendimentos para muitos agregados neste momento) seja grave ou preocupante; todas as noticias que envolvem membros do governo são tão idiotas e vazias de conteudo que nem merecem ser mencionadas, enfim...
Eu cá só sei é que está um frio de rachar, que dou religiosamente a vacina contra a gripe aos miudos, que continua a não haver dinheiro lá em casa e que este Natal só terão direito a prenda da minha parte as crianças e as mães dos adultos lá de casa. Mesmo assim já são oito prendas, e não serão grande coisa, mas afinal, o que conta é a intenção, ou não?...