*Ai*
Há dias que têm o condão de começar bem. Quando um desses dias acontece no meio de uma conjuntura da treta das nossas vidinhas, sabe a mousse de chocolate lambida devagarinho da ponta de uma colher.
Eu explico. Não disse nada à minha mãe da crise da saúde, que ela já tem idade para se preocupar com a dela e eu idade para me preocupar com a minha. Ela ia hoje para "a terra", como é costume do nosso povo dizer, e quando disse ao Pedro, ontem à tarde, que nos íamos despedir da avó, ele quis ir com ela. Conversa feita no café do costume, tudo combinado para hoje de manhã e eu com a benção de poder não me preocupar com o Pedro até domingo. Acordei-o cedinho, como se fosse para a escola, ele pulou da cama, sorriso de orelha a orelha. Despachámo-nos, a minha mãe avisou que estava já à porta do meu prédio, descemos e lá foram eles.
Subi e tomei calmamente o pequeno-almoço em casa, com o bom do comprimidinho para ajudar a passar o dia. Saí de casa, rumei ao terminal do 53, sentei-me a ler o "Brideshead revisited", cheguei a Lisboa e antes de chegar ao trabalho já a minha mãe me estava a telefonar "fizémos muito boa viagem, já estamos em casa da tua irmã!".
Fui beber café, entrei no serviço, sentei-me, liguei o pc, e dei a minha voltinha costumeira pelos "blogs de estimação". Vi nos meus Ovos Estrelados que hoje ao almoço muito terei que animar a Maria Papoila, tadita, de rastos pós-férias, mas que já me disse que me trouxe daquela coisa horrorosa que os escoceses comem. Fui ver que teria lembrado ao Ministro do Bom Senso escrever, e encontrei um post que podia ser meu, que tenho um peixe Joaquim e um filho Pedro, e que tenho dificuldade em fixar os nomes de metade dos colegas do Pedro, de tão estranhos que são alguns. Ou fixo-os mas não sei a quem pertencem, que ainda é pior, e é por ler as etiquetas nos cabides das mochilas...
Daqui, a passagem à Espectacológica é quase sempre obrigatória. E aí, ao sorriso que já tinha juntou-se a humidade ocular... Um "Força, Ana" de quem não se conhece sabe e faz bem. Se somos grãos de areia no universo, hoje senti que faço parte de um pequeno areal de gente gira, simpática e... normal, com todas as anormalidades que ser normal implica.
"Pertantos, prontos", que se lixe a preocupação e as dores de cabeça, toca a andar prá frente, que só para aí é que há caminho. Vou trabalhar.
Eu explico. Não disse nada à minha mãe da crise da saúde, que ela já tem idade para se preocupar com a dela e eu idade para me preocupar com a minha. Ela ia hoje para "a terra", como é costume do nosso povo dizer, e quando disse ao Pedro, ontem à tarde, que nos íamos despedir da avó, ele quis ir com ela. Conversa feita no café do costume, tudo combinado para hoje de manhã e eu com a benção de poder não me preocupar com o Pedro até domingo. Acordei-o cedinho, como se fosse para a escola, ele pulou da cama, sorriso de orelha a orelha. Despachámo-nos, a minha mãe avisou que estava já à porta do meu prédio, descemos e lá foram eles.
Subi e tomei calmamente o pequeno-almoço em casa, com o bom do comprimidinho para ajudar a passar o dia. Saí de casa, rumei ao terminal do 53, sentei-me a ler o "Brideshead revisited", cheguei a Lisboa e antes de chegar ao trabalho já a minha mãe me estava a telefonar "fizémos muito boa viagem, já estamos em casa da tua irmã!".
Fui beber café, entrei no serviço, sentei-me, liguei o pc, e dei a minha voltinha costumeira pelos "blogs de estimação". Vi nos meus Ovos Estrelados que hoje ao almoço muito terei que animar a Maria Papoila, tadita, de rastos pós-férias, mas que já me disse que me trouxe daquela coisa horrorosa que os escoceses comem. Fui ver que teria lembrado ao Ministro do Bom Senso escrever, e encontrei um post que podia ser meu, que tenho um peixe Joaquim e um filho Pedro, e que tenho dificuldade em fixar os nomes de metade dos colegas do Pedro, de tão estranhos que são alguns. Ou fixo-os mas não sei a quem pertencem, que ainda é pior, e é por ler as etiquetas nos cabides das mochilas...
Daqui, a passagem à Espectacológica é quase sempre obrigatória. E aí, ao sorriso que já tinha juntou-se a humidade ocular... Um "Força, Ana" de quem não se conhece sabe e faz bem. Se somos grãos de areia no universo, hoje senti que faço parte de um pequeno areal de gente gira, simpática e... normal, com todas as anormalidades que ser normal implica.
"Pertantos, prontos", que se lixe a preocupação e as dores de cabeça, toca a andar prá frente, que só para aí é que há caminho. Vou trabalhar.
<< Home