28/03/2005

Lá se foi a Páscoa

Tive uma girl's night out na quarta-feira. Na sexta a Maria e o R. almoçaram em minha casa. No sábado fomos até Santarém, almoçar com a minha mãe, o meu filho e a minha irmã. Saímos de casa dela às 3 da manhã, ao fim de horas a tentar deslindar a minha vida, depois de eu me ter sentido chocada por descobrir, ao fim de 33 anos, que afinal tenho algo em comum com a minha irmã. A viagem para casa foi no mais profundo silêncio. Ontem almoçámos com a minha sogra. Se foi só para me contrariar ou não, não sei, mas que ainda não foi ontem que o Artur pediu o apoio dos pais para o negócio da papelaria, não foi. Quando é que ele o pensa fazer, não sei. Mas, e felizmente não fui só eu que o ouvi, foi-lhe muito fácil dizer que quando as coisas estão más é que eu salto para fora do barco... e negar mais tarde que o disse...
Se isto me começa a parecer falta de respeito é que nem fico para ver os resultados.

21/03/2005

A pedido de várias familias...

...voltei.
A verdade é que ando numa daquelas fases em que me custa muito escrever. Porque apenas sei escrever a minha realidade, e agora não sei bem qual é ela.
Apetece-me mudar tudo: de casa, de gente, de trabalho, de vida... Queria poder trocar de pele com alguém, olhar a vida com outros olhos, com outro sentir. Há um filme com a Meg Ryan (se não me engano) em que isso acontece com ela e um velhote. Se calhar se eu mudar para Hollywwod, acontece-me o mesmo ;o) No filme, isso acontece no dia do casamento dela, porque ambos querem mudar - ele quer ser outra vez novo e saudável, ela está assustada por ter tanta vida e tanta surpresa pela frente... Eu gostava mesmo era que a minha vida não dependesse de tanto factor que não controlo.
A decisão do Artur é definitiva, desde a passada quarta-feira: o Artur Jorge vai passar a viver à guarda da mãe, que sobre ele exercerá o poder paternal, a partir do próximo ano lectivo. Não posso concordar com a decisão. Não consigo concordar com a decisão e estou a passar um muito mau bocado a tentar aceitá-la. Porque é uma decisão que nos afecta aos quatro lá de casa. E eu não tenho a certeza de poder contar com o Artur para que a minha vida deixe de ter sobressaltos, e eu não sei se ele alguma vez me conseguirá fazer sentir segura e amada e apreciada... Mas já sei que não consigo viver deitada em cima da cama à espera a ver o que acontece, como a nêspera, até que veio a velha e a comeu.
Aqui no trabalho sou muito boa no que faço, tão boa que não me deixam mudar de departamento. Mas não tão boa que decidam mostrar-me, ao fim do mês, que o sou... Em linguagen comum, é o chamado "não f*** nem sai de cima"!
Mas continua a haver saude. E enquanto houver saúde, o resto vai-se levando.