26/02/2004

Epi barssedei tu mi

Ontem fiz anos. Não vim trabalhar, como de costume. Passei o dia com as minhas irmãs, a minha mãe e a minha avó. Dei-lhes o gostinho de ir a Fátima, almoçámos por lá e voltei para casa. Não foi dos meus melhores dias de aniversário, até porque não estive com o meu filho (por opção própria), mas pelo menos passei-o da melhor maneira possível, dadas as circunstâncias.
Três coisas me fizeram feliz ontem: uma ida à cabeleireira, a oferta de um livro que já tinha e ter encontrado um par de sapatos e outro de botins que não me fazem doer os pés apesar de novos, e que, comprados nos saldos, acabaram por ser uma pechincha. Não tive mais prendas, mas também não me ralo muito com isso desta vez.

23/02/2004

Ainda não acredito

Na sexta-feira, dia 20 de Fevereiro, faleceu o meu tio, irmão da minha mãe. Dois meses e um dia depois do pai. Sem aviso, sem dor. Tinha 58 anos e o número de amigos que fez questão de o acompanhar na última viagem foi enorme. Não era o membro da familia de quem mais gostava. Mas era meu tio, mais novo que a minha mãe, pai das minhas primas e marido de uma tia de quem gosto mais ainda do que gostava dele. É por elas que me dói a alma e o coração. E pela minha avó. A mãe nenhuma devia ter de ser comunicada a morte de um filho. Bolas para Deus e mais os seus designios insondáveis.

My immortal - Evanescence

I'm so tired of being here
Suppressed by all my childish fears
And if you have to leave
I wish that you would just leave
'Cause your presence still lingers here
And it won't leave me alone

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

When you cried I'd wipe away all of your tears
When you'd scream I'd fight away all of your fears
I held your hand through all of these years
But you still have
All of me

You used to captivate me
By your resonating light
Now I'm bound by the life you left behind
Your face it haunts
My once pleasant dreams
Your voice it chased away
All the sanity in me

These wounds won't seem to heal
This pain is just too real
There's just too much that time cannot erase

I've tried so hard to tell myself that you're gone
But though you're still with me
I've been alone all along

19/02/2004

Jogos Olímpicos

Não sei se já terão estas modalidades em Atenas, mas nunca se sabe... São modalidades praticadas a pares, ou entre adversários de sexo oposto.
Judo
Halterofilismo
Salto de cavalo
Se vos agradar, penso que poderemos dar inicio a um movimento de sensibilização junto dos paises organizadores dos diversos eventos desportivos, por forma a inclui-las. É uma ideia a ponderar.

18/02/2004

Descanso

Tirei alguns minutos para beber um café e fumar um cigarro. Tenho os headphones nas orelhas, para não ter de ouvir a voz dos meus colegas. Quando acabar o cigarro acaba-se também a pausa. Hoje, como é quarta-feira, só tenho o Pedro em casa. Não faço a menor ideia de qual o ponto da situação do pedido de alteração do processo de alteração da regulação do poder paternal do Arturito. Por isso, por enquanto, continuamos com esta pausa a meio da semana. A minha mãe foi um anjo e foi lá a casa passar o resto da roupa que ontem já não me apeteceu passar. O que tudo isto significa é que me preparo para alguns dias sem o Pedro e sem o Artur sem grandes responsabilidades. Quer dizer que vou dormir q.b. e não fazer nada. Boa vida.
Cigarro apagado. Até amanhã... ou não.

17/02/2004

Terça-feira

É mesmo o pior dia da semana para mim. Além disso está um frio que não se pode e tenho os pés gelados. Da janela, graças ao nevoeiro, não se vê mais que o prédio do outro lado da rua. Já levei nas orelhas por não estar a par de uma alteração legislativa de 2001, e não me apetece fazer seja o que for.
Fiquei triste por a Maria ter desistido dos Ovos Estrelados. Ou por ter entendido que os devia estrelar por obrigação. Ainda por cima, ultimamente, andamos as duas tão atarefadas que nem temos almoçado juntas, o que me dá uma sensação de distância que os ovos muitas vezes aliviavam. Mesmo quando só era para refilar das idiotices americanas...
A verdade é que tenho andado meio sem energia. Sem brilho. Parece que a minha alma tirou férias antes de mim. A irritação de ontem de manhã dissolveu-se em pouco tempo e deu outra vez lugar à sensação de vazio e inutilidade que tenho tido nos ultimos dias. Pouco mais de uma semana, talvez. É uma questão de desinteresse por tudo. Quero lá saber se o Artur consegue tirar o dinheiro da conta antes do débito automático da prestação do crédito, se acabo ou não a participação à Ordem dos Advogados das atitudes da mãe do Arturito, se a advogada do Artur requere atempadamente a anulação do acordo, se há jantar que chegue para todos ou se tenho que fazer alguma coisa, se a minha mãe vai lá a casa passar a ferro ou não, se a minha prima dá conta do recado nas finanças, se recebo a declaração das despesas de saúde para tratar do IRS. Penso nas coisas, mas não me interessam. Não encontro motivos para esta apatia. Mas também não os procuro.
No final de contas, isto deve ser do tempo. Daqui a um mês vem a Primavera, e pode ser que passe. Anyway, who cares...

16/02/2004

Faltas de consideração

É uma das coisas que mais me irrita. Daí que esteja irritada desde que aqui cheguei, às 8h26m. Em cima da minha secretária, processos de um colega, redistribuidos à minha pessoa. Processos de um colega que se encontra no local de trabalho, e que já cá se encontrava quando cá cheguei. Decisões de um director que não se dignou informar-nos do que nos iria suceder: ter um aumento de trabalho brutal, sem qualquer justificação. Depois de um fim de semana em que pouco descansei, era mesmo disto que estava a precisar!

11/02/2004

Desemprego

Depois de três horas de reunião, de pormenores acertados e de um vigoroso aperto de mão, o Artur começa a trabalhar em venda de brindes publicitários na próxima segunda-feira. Pelo menos vai fazê-lo para uma empresa com credibilidade e estável. Não irá auferir muito de inicio, mas há probabilidades de vir a ganhar bastante bem se se entender com o tipo de venda de que se trata, e que é bastante exigente. É só esperar que tudo corra pelo melhor. Em alguma coisa se nos há-de acabar o azar...
Como disse, e muito bem o Sr.Ministro é a serenidade de regresso. Bem vistas as coisas, afinal, foi menos de um mês sem emprego. Nada mal, na actual conjuntura.

09/02/2004

Resumo

Dois dias calmos. A viagem no sábado foi extremamente cansativa por causa do nevoeiro, mas chegámos bem e a tempo de ir falar com o Sr.Padre. A conversa foi fácil, ele é dos padres relativamente liberais, que tem consciência da sociedade em que se insere e que fala como nós. Todos os problemas que imaginei que ele levantasse nem foram aflorados. A única condição que ele colocou como uma quase obrigação foi que os pais, companheiros e padrinhos fossem pelo menos a uma reunião de preparação para o batismo. Vamos ver se consigo reunir toda a gente na primeira, que às outras será mais fácil justificar ausências. A minha mãe e a minha avó quase estalavam de alegria por mais um cordeirinho se juntar ao rebanho católico. Eu continuo não muito entusiasmada, mas tenho de admitir que não lhe faz mal, ele quer, dá alegria a tantos, logo, eu levo o assunto por diante, compenetrada na missão de continuar a fazer o que faço até agora: transmitir valores morais e principios de vida e civismo ao Pedro, dos quais muitos são os mesmos da fé cristã, que são perfeitamente válidos, e nos quais eu fui também educada.
Gostei mesmo muito deste fim-de-semana. As querelas entre a minha mãe e a minha avó parecem sanadas. Não houve atritos nenhuns, estivémos todos muito bem dispostos, e a minha avó estava mesmo bem de aparência e de saúde. Para os seus 84 anos, ontem parecia ter menos vinte. Verdade é que ela sempre disse que gostava que o meu avô morresse primeiro, para ela poder ter um pouco de descanso. E isso aconteceu, e pela primeira vez na minha vida vejo a minha avó sem preocupações, sem obrigações a cumprir, e apesar da tristeza pela perda do companheiro de 64 anos de vida em comum, com um ar descansado e tranquilo. E, na viagem de regresso, a minha mãe com cara de quem se sente também tranquila por se ter sentido bem junto da mãe.
Eu hoje partilho da tranqulidade das duas. Estou bem.

06/02/2004

Mais uma sexta-feira

Este fim-de-semana é em casa da avó, o Pedro vai ficar com o pai e lá vou eu ter de enfrentar mais uma vez as "burocracias" pessoais tendentes ao batismo do miudo. Na segunda voltarei, cheia de vontade (ou não...) para mais uma semana de trabalho. Ainda faltam 17 dias para receber. A situação bancária do Artur, em consequência das atitudes irresponsáveis e idiotas da mãe do Arturito é escandalosa. Nem quero saber. Os tribunais que se pronunciem.
Para irem divertidos para os dois dias de folga, deixo-vos esta macaquice.

05/02/2004

Sem muito para dizer

Ok. Ontem ficou um cigarro apenas no maço. O acordado lá por casa é que quando se acabar o tabaco existente não se fuma mais. Não só pelo aumento do preço do dito, mas porque quem não tem dinheiro não tem vicios. Está bem, a saúde também tem importância. A ver vamos se a força de vontade é suficiente...
Ontem passei o dia a resolver problemas de bancos e a tentar descobrir afinal em nome de quem está o carro da outra senhora. Não foi fácil, mas lá consegui, já perto do final do dia de trabalho. Infelizmente, ainda não está em nome dela, porque se trata de um carro importado. Menos um trunfo, pelo menos por enquanto.
Hoje vou ter mesmo de trabalhar. Produzir alguma coisa. Cheguei aqui bastante cedo, não sei o que se passava hoje com o trânsito, e por isso estou agora a escrever. Hoje não tenho sono, ao contrário dos ultimos dias. Adormeci antes das 21h, e levantei-me ao segundo toque do despertador.
E por aqui me fico por agora ou por hoje. Vou beber um cafézinho, tirar umas milhentas fotocópias, e deixar de olhar para o relógio, que para as 16h30m ainda falta muito tempo.

02/02/2004

Tenho de admitir...

Na parte do "fairly normal" é necessário dar enfase (isto leva acento onde?!) ao fairly . Quando ao "organized" sou mesmo do tipo não mexam em nada que eu sei onde está tudo, mas de organização é que não tenho nada.
Quanto a resolver os problemas do mundo, quem me dera a mim conseguir resolver os meus ;o) Mas lá que dormia agora uma sestinha dormia, e talvez daí o resultado...

Mais um teste!

Tu, sim, tu!, Blogotinha, e mais os teus testes, deixam-me loouca. Estou como o outro: "consigo resistir a tudo menos a uma tentação"... Estou farta dos testes, e mesmo assim, zás, lá fiz eu mais um!... Agora foi o do Van Gogh. Topem a cena...


the Which van gogh painting are you? quiz by bethany

Tadito do causidico...

Tal como vos disse, na sexta-feira o Artur foi lá à reunião com o advogado da mãe do Arturito, por causa do divórcio e da alteração da regulação do poder paternal.
O Sr.Doutor entrou ao ataque. Citou o velho caso da prostituta que conseguiu manter o exercicio do poder paternal porque o filho desconhecia a actividade da mãe, e deu outros exemplos que todos os que passaram por uma Faculdade de Direito ouviram como casos práticos a ter em linha de conta. O Artur e a advogada foram ouvindo, de sorriso nos lábios. Aquilo que se previa começava a confirmar-se. O Sr.Doutor não fazia ideia de metade da "missa", quanto mais dela toda. Quando o senhor passou a palavra, começou a ouvir o que não queria: a relação da mãe do Arturito com um homem casado cuja mulher estava a par de tudo (e que ele próprio citou como testemunhas abonatórias no processo de alteração da regulação do poder paternal); das situações a que o miudo tem sido exposto quanto a tal relação (não sei se já aqui mencionei que por duas vezes ele assistiu a relações sexuais entre eles, uma por todos dormirem na mesma cama, outra porque supostamente estariam os dois na cozinha a tratar do jantar mas a comida afinal era outra...); das situações de agressão física de que existem processos-crime a decorrer em fase de acusação e inquérito; do não cumprimento do acordo quanto às questões patrimoniais do casal; do facto de ela não pagar a prestação de alimentos, mas ter o tal carrito novo; da queixa à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sintra, enfim... Quanto mais ouvia, mais pálido o senhor ficava.
Claro que vai falar com a sua cliente, claro que vai tentar chamá-la à razão (das poucas frases que o senhor foi dizendo a mais usada foi "O Artur tem razão"), e, claro, como nós prevemos, ela vai mandá-lo dar uma curva e arranjar outro advogado, daqueles bons, a quem não contará metade da história de novo e que se deixe enterrar também com ela...
Estamos à espera disto tudo. Sabemos que vai ser assim. Que nada se vai resolver pacificamente. Que tudo isto será alvo de julgamento, quer quanto ao miudo quer quanto ao divórcio. Mas continuamos à espera de um milagre. Afinal, eles vão acontecendo por aí...