31/10/2003

Roupa e acessórios

Tenho um casamento daqui a 22 dias. É terrível para mim, que detesto comprar roupa, acessórios e outros que tais e aperaltar-me como uma senhora. Escusado será dizer que ainda nem decidi que tipo de vestimenta quero levar. O Artur vai de fato, o Arturito de calça vincada e pullover com gravata, o Pedro é o menino das alianças e vou dar em doida para lhe arranjar o fatinho digno de tal missão. É o que dá ser mãe de um puto que parece um poste! :)

30/10/2003

Yahoo Messenger

Utilizo-o para me manter em contacto com alguns amigos, e com o Artur, durante o dia. É mais prático que telefonar, mais barato e evita esquecimentos.
Eis um extracto de uma conversa de hoje:
Maria (2:25:16 PM): depois comentarei o teu post...
Maria (2:25:17 PM): corajosa!

Vou ficar à espera do comentário. Para mim, continuará sempre a ter sido um acto de egoismo e cobardia, em que não me senti à altura de me responsabilizar convenientemente por outro ser.
Não volto a falar no assunto. Hoje assim aconteceu, porque o meu colega Álvaro, que andava inchado de felicidade e orgulho porque ia ser pai, saiu do trabalho de manhã para voltar com a noticia de que a mulher tinha abortado espontaneamente.
Em tempos eu dizia que a minha consciência era afónica. Agora já não é e como eu gostava de poder ajudá-los aos dois neste momento...

Laços cor-de-rosa

Fica aqui um beijo enorme à Paz, e a todas as mulheres que passam e passaram pela experiência de ouvir dizer "lamento informá-la, mas a senhora sofre de cancro da mama".
Prevenir, nestas coisas, é mesmo o melhor remédio.

Lembranças

Depois de muito ponderar, de consultar o Código Penal português para remover dúvidas sobre os prazos de prescrição e, acima de tudo, depois de terem parado novamente os pesadelos, achei que era altura de escrever sobre algo que há muito tinha em mente escrevinhar, mas que por este ou aquele motivo, era sempre adiado.
Quando andava no 9.º ano, optei pela área de saúde. As aulas de Biologia e saúde eram complementares, e numa determinada aula discutiu-se a reprodução humana, os meios contraceptivos e o aborto. Foi-nos lido, pela Prof.ª Graça, um texto que muito me marcou. Desde esse dia fui acérrima defensora do direito à vida, abominando toda a espécie de actos contra a vida intra-uterina. Anos depois, ainda teenager inconsciente, apaixonei-me por um homem, mais velho que eu. Casado, com dois filhos. Engravidei no final do primeiro ano do curso, dois meses depois de ter começado a trabalhar. Não fazia ideia de como educar um filho, ainda eu própria me sentia uma criança em muitas coisas, a relação que mantinha há quatro meses não era para durar e, contrariando todos os meus principios, abortei. Não dormi nos quatro dias que se seguiram a tal acto, até que me drogaram e dormi quarenta e oito horas seguidas. Durante mais de um ano tive pesadelos relacionados com o assunto. Depois habituei-me à ideia do horror que tinha cometido.
Quando o Pedro nasceu, os pesadelos voltaram. Tudo o que ele passou era com certeza culpa minha por aquilo que tinha feito sete anos antes. Depois o Pedro cresceu, sobreviveu a todas as maleitas que lhe sairam na rifa, e de novo descansei.
Acredito que haja mulheres para quem nada disto é assim. Acredito que haja mulheres para quem seja bem pior. Continuo a ser contra o aborto. Continuo a achar que é algo que ninguém faz com a mesma facilidade com que se vai arranjar as unhas ao cabeleireiro.
Mas, acima de tudo, acredito na descriminalização do aborto, até às 12 semanas de gestação. Feito em condições de higiene e segurança para a mulher. Feito sem ainda mais o estigma de ser crime. Feito por opção livre da mulher, informada, consciente do acto que vai praticar mas sempre inconsciente dos efeitos que sentirá por o ter feito, e que ficam connosco para o resto da vida. Como os pesadelos que tenho tido, novamente, nos ultimos meses.

Por falta de tempo e paciência:

O texto da imagem daquele post de ontem era:
"Preocupe-se mais com a sua consciência do que com a sua reputação. Porque a sua consciência é o que você é e a sua reputação é o que os outros pensam de você. E o que os outros pensam, é problema deles."

29/10/2003

Eu gostei...


Se não ficar num tamanho legível, eu amanhã prometo aumentar a imagem.

Bocejo e contágio

Aparentemente, depois do meu regresso, a malta que trabalha no meu serviço começou a ser contagiada por uma sensação de alguma letargia. É que eu passo o tempo todo a bocejar e com cara de quem anseia pelo momento em que a cabeça assenta na almofada e o mundo se apaga em meu redor. Digo almofada como poderia dizer braço do sofá, encosto de cabeça no carro, braços cruzados em cima da secretária (este ainda não experimentei). Cá por mim, não quero saber. Vou trabalhando, à velocidade possível, entre um bocejo e um passeio até à máquina do café ou à casa de banho. Mas já me sinto melhor. O pior tem sido organizar os jantares da malta, que nunca sei o que faça até à hora de o fazer. Isso e os soluços, que têm sido praga quase pior que os bocejos.
Tenho andado a tentar arranjar alguma coisa interessante para escrevinhar, mas não me lembro de nada. Por isso e por ora, por aqui me fico.

28/10/2003

Só mais uma coisa

Para os menos atentos, alterei os meus links e voltei a disponibilizar o meu endereço de e-mail. Para quem quiser dizer coisas sem que todos o possam ler nos comentários, se é que a alguém tal apetecerá. Até amanhã.

De outros tempos

Há dois grupos musicais que tenho pena de terem acabado. Os Trovante e os Skunk Anansie. Por motivos diferentes, em alturas diferentes. Como o tempo não dá para mais, ficam aqui as minhas saudades das suas musicas que tanto me fizeram sentir.

Casamentos

Não gosto de casamentos. Quando era miuda até achava piada à coisa, ao lindo vestido da noiva, à troca das alianças, às promessas trocadas que se pretendiam eternas. Quando cheguei à adolescência e comecei a questionar uma série de coisas, Deus foi uma das certezas que perdi. Na Faculdade, a cadeira de Familia e Sucessões tirou-me as dúvidas. Casar passou a ser para mim o aceitar de que algo ou alguém é superior ao nós que se cria, passando a gerir as traves mestras da nossa relação, como se nós fossemos incapazes de o fazer.
Um casamento é um acto de compromisso entre duas pessoas. É um acto de amor, de companheirismo, de partilha de tudo o que é nosso. De lealdade e aceitação, de sacrificio e entreajuda. E não é a assinaturas de um papel, com testemunhas a corroborar o facto, que valida tudo isto.
Não sei porque me deu hoje para este lado. E também não me interessa. Eu já volto, eventualmente depois do almoço, que agora tenho de ir beber café.

27/10/2003

Faltas do post anterior

A inauguração da Catedral. Linda. Durão vaiado clap clap clap. Indecente utilização do Panteão Nacional para o lançamento do novo livro do Harry Potter, do qual sou fã incondicional. Mas parece que é moda fazer coisas idiotas em sitios que se impõem pelo respeito que nos merecem. A culpa, aqui, será do Pedroso, que a começou. Uma prenda de Natal que quero receber também já está à venda: a compilação das aventuras do Indiana Jones. O Artur continua sem receber, há cinco semanas que nos dizem que é para a semana. Ainda hoje é segunda-feira, mas também ainda na sexta-feira passada era só sexta-feira :p Estou com soluços. E agora, vou trabalhar.

O regresso

Ver a cara de alivio do meu colega Álvaro valeu a pena. Desgraçado, que trabalhou pelos dois nestas minhas três semanas de ausência... Ver a compreensão na cara do meu director, quando lhe disse que bem não estou, mas estou melhor e me sinto capaz de trabalhar também foi agradável. O que não está nada a ser agradável é ter muito trabalho para fazer e continuar a morrer de sono por aqui, o Artur não ter o YM ligado e a Maria também não. A chuva também não está a ajudar ao estado de espirito, e há aqui uns raios de sol pelo meio das nuvens que me compllicam com os olhos. Em suma, nada de novo a norte do Tejo.
O Festival de Gastronomia estava melhor que no ano passado (ajudou bastante o ter chegado cedinho) e o sábado foi passado basicamente a dormir, excepto umas comprinhas ao fim da tarde. No domingo é que a coisa animou mais um bocadito. Foi dia de fazer broas para o dia de Todos os Santos. A minha tradição familiar favorita, que este ano não pode ser em Pernes, e por isso foi mesmo em minha casa. A prima Mónica apareceu para ajudar, as outras baldaram-se, mas o que é certo é que elas estão feitas e estão bastante boas, apesar de lhes faltar aquele gostinho que só um forno a lenha lhes pode dar. Mas lá amassámosos oito kilos de massa, lá tendemos as broas no tamanho desejado, espetámos-lhe a amêndoa da praxe, cobrimos com um pouco de ovo batido e esperámos que o calor do forno fizesse o resto. Cinco horas de trabalho. Depois, claro, deitei-me e dormi. :o)
Ainda não sei o que faça à familia que não ajudou. Cá para mim, deixo-a de água na boca e não lhes dou nem uma... ehehehe mas não pode ser, que a ideia das broas é a base do "pão por Deus" do 1.º de Novembro, e eu cumpro religiosamente esta tradição. Portanto, o próximo fim-de-semana vai ser de visita a tios e primos, e à sogra, essa maravilhosa criatura que no Natal me matará o desejo de coscurões, arte na qual é mestra.
Não estou a dizer coisa com coisa, mas não me ralo. Estou de volta, com muita calma, e este regresso até sabe bem.

24/10/2003

Matinais

Realmente foi do sono, (nem me dou ao trabalho de corrigir os erros do outro post, as coisas percebem-se na mesma) e agora consegui acrescentar os novos comentários, que espero que os utilizem a partir de agora. Agradeço à Elsa quer a ideia de manter ambos, quer a indicação do site de onde os tirei.
Acabei agora de beber o meu café, depois do pequeno-almoço de torrada, sumo de laranja e comprimidos :p e resolvi vir aqui só desejar-vos bom fim de semana...
Hoje vou ter um dia algo atarefado (depois de ainda ir dormir mais um bocado e assim), porque vou ter de ir tratar de algumas coisas que, como boa portuguesa que sou, andei a adiar até ao ultimo dia em casa. Depois, vou buscar o filhote à escola, vou encontrar-me com o Artur e vamos levar o Pedro ao pai, pelo que aproveitamos para dar um pulinho ao Festival de Gastronomia de Santarém, nem que seja só para provar uns petiscos. Contanto que eu não adormeça pelo caminho, claro. É uma visita que recomento a todos, apesar de aquilo estar sempre a abarrotar de gente esfaimada por sabores de outras terras deste Portugal. Levem uns pózinhos de paciência e calma no bolso, que vos serão uteis. Ou então façam como eu: tomem diazepam! ehehehe E levem um(a) abstémio(a) para conduzir, que o vinho que eles lá têm é sempre do melhor (e que eu não vou poder provar desta vez buáááá)
Seja de que maneira for, divirtam-se nestes dois dias de folga que se avizinham, que eu vou tentar fazer o mesmo, para voltar ao trabalho cheia de energia e vontade de mostrar aos meus directores que estas minhas faltas não foram em vão. E, antes que me esqueça, obrigado aos estimados leitores deste pequeno blog pelos "mimos" que me têm dado.

22/10/2003

Ainda tentei

Mas não consegui. Falta de paciência, muito sono, o FCP marcou mais um, o Marselha outro, cantar pelos vistos não valeu de muito e alterar os comentários foi um barrete completo, que não parou de dar erro na página. Amanhã é outro dia (Scarlet O'Hara dixit) e mai nada.

Psiquiatria

Especialidade médica. Lidam com gente doida, ou seja, com gente como eu. Fui lá ontem. Foi fixe. Hoje dormi o dia todo e ainda não tenho bem a certeza e estar acordada. Viva o diazepam! Sinceramente, não consigo compreender como é que há malta que toma disto por gozo, eu cá não acho piada nenhuma a sentir-me bêbada sem poder sequer beber uma cervejola! O shrink diz que isto passa daqui a uns dias, que a culpa é de eu não estar habituada a tomar nada (excepto a pílula!) e que depois me vou sentir melhor. Espero bem que sim. O que é certo é que já me apetece trabalhar outra vez, por isso espero ansiosamente pela próxima segunda-feira, para me agarrar de novo aos papeis.
O Artur esteve em Espanha e foi um querido: esgalhou forte e feio para fazer tudo num dia e voltou ontem em vez de hoje. :-*
Tenho de pedir desculpa ao Sr.Ministro, que alertou para o facto de ter de reler episódios anteriores para entender os actuais, devido à falta de continuidade na escrita, e prometo que para a semana vou mudar os comentários, que a enetation é mesmo uma treta e falha-me como as notas de € 500...
No meio disto tudo, do que tenho mais saudades é dos meus almoços com a Maria. Por a conversa em dia, trocar as alegrias e as desventuras, rir disto e daquilo e brincar com a malta da tasca do costume é uma daquelas espécies de terapia a que todos deviam ter acesso. Se calhar foi por coisas do género que o Paulo Pedroso se achou no direito de reassumir funções como deputado, vá-se lá saber!
Vou ficar por aqui, agora. O FCP (ARGH!) está a ganhar ao Marselha, faltam vinte minutos para o fim do jogo e quero ir apoiar os franceses. Talvez se me puder práqui a cantar a Marselhesa eles se inspirem... desde que eu não adormeça a meio, claro! ;)
Fiquem todos bem, que já não demora muito a eu andar por aqui outra vez na forma do costume.

20/10/2003

(sem título)

Da calma do meu lar vos escrevo, na companhia da Diana Krall e de uma chávena de café acabado de fazer. Os meninos estão na escola, o Artur no trabalho e eu por aqui vou ficando.
Nem tudo o que é transmitido pelos meios de comunicação social é falso. Sabem aquela frase que tanto se ouve agora nas noticias "o sistema (judicial) funciona"? Pois é verdade, funciona mesmo. Recebemos hoje uma cartinha de tal sistema, vamos ser de novo submetidos a apreciação pelo Instituto de Reinserção Social quanto às condições de vida, estabilidade e etecéteras todos, vamos ter de provar que o horário do Arturito é de manhã e não de tarde, vamos ter de receber outra vez umas senhoras cá em casa para verem que somos asseadinhos e que tratamos bem os meninos e que o nosso lar é fonte de harmonia. Tudo porque pedimos uma alteração da regulação do poder paternal, para o bem do miudo. Enfim. Da primeira vez doeu mais, com certeza, que até foi tudo numa altura em que a "senhora" tinha desaparecido com o miudo e nós não sabiamos bem para onde nos virar para o encontrarmos.
Há que encarar isto como é: um check-up ao estado da familia.

16/10/2003

Coincidências e outras coisas

O Artur tem razão. Mas também não tenho culpa de as iniciais do título do post anterior poderem ser para duas coisas tão distintas... Como não tenho andado por aqui não sabia que ontem era o dia de falar de leucemia nos blogs, ou coisa parecida. Quanto a isto digo apenas que amanhã vou a Lisboa, e que uma das missões é ir ao C.H.S. para me registar como dadora de medula óssea, coisa há muito planeada e de dificil concretização por falta de tempo. De amanhã não passa.
O meu Arsénio (o carro) passou com distinção na inspecção - nem uma deficiência a apontar, e sem passagem prévia pela oficina! Ganda máquina!
Os tectos e as paredes continuam por limpar. Para a semana continuo em casa. Pode ser que me apeteça. Hoje preferi ir assistir à aula de ténis do meu filhote, coisinha mais linda e despassarada que faz tudo ao contrário mas que lá acertou umas quantas vezes no boneco (literalmente falando, já que o objectivo é deitá-lo abaixo) com a bola... Amanhã, no regresso de Lisboa, vou vê-lo na natação. Esta coisa de não trabalhar tem vantagens no campo afectivo que não se podem avaliar.
Quando acabar a "baixa" faço-vos a lista de todos os filmes que tenho visto, com estrelinhas à frente a classificar, qual crítico idiota :) Abençoados DVD's do Público, canais Lusomundo e Hollywood! Agora vou dormir, que, para o que tem sido costume, o meu dia hoje foi muito agitado...

15/10/2003

I.P.O.

Tenho de levar o carro à inspecção. É fixe. Trabalha lá um senhor que é muito simpático, espero que ele esteja lá. Não faço ideia do que é que ele vai descobrir desta vez que o meu carro precisa. De alguma coisa será, com certeza. Entretanto, chegou a hora de almoço, vou comer qualquer coisa, para depois levar o popó ao senhor dos diagnósticos. As paredes e os tectos que esperem, que esta coisa tem periodicidade obrigatória e eu não quero deixar para o ultimo dia.

14/10/2003

Lar, doce lar...

Voltei à mouraria no sábado. Trouxe a Maria até à Adémia, segui para Torres Novas onde um petisco digno de menção honrosa por qualquer um, feito pelo TiLuis me esperava, e consegui navegar pela A1 até casa, sem a ajuda de remos. Cheguei às 19h. Artur e putos à espera, calmos e contentes.
Tenho ficado por aqui. Como qualquer boa deprimida, a vontade de fazer seja o que for não existe. Por isso durmo tanto quanto consigo, entre este ou aquele filme, depois de acordar às 7h, dar o pequeno-almoço aos meninos e um beijo de até logo a todos. Por volta das 15h o meu cérebro sente necessidade de algo mais: café. Por isso tomo banho, visto-me e preparo-me para ir buscar o Pedro. Hoje até consegui ir fazer umas comprinhas urgentes ao Jumbo, e outras comprinhas menos urgentes para ver se amanhã tenho vontade de fazer alguma coisa mais cedo... A ver vamos.
Devo estar a melhorar, afinal até estou a escrevinhar umas coisitas. Mas as ideias atropelam-se e a cabeça começa a doer com o esforço de tentar concentrar-me nisto e até gostava de dizer mais coisas (afinal temos 25 anos de pontificado do João Paulo II; o Pedroso com TIR em vez de prisão preventiva; a vergonhosa utilização da AR para comemorar tal coisa e o ainda mais vergonhoso retomar de funções do senhor de tanta etica (!?!?!?!); temos o livro que ando a ler -2 ou 3 páginas por dia e já é muito- por indicação da Maria e que é uma delicia, o suporte de especiarias e outras novidades cá de casa), mas não consigo.
Amanhã quero ver se lavo tectos e paredes. Por isso vou andando. Vão ficando por aí que o meu regresso a full-time deve estar para breve...

08/10/2003

Invicta

Daqui vos escrevo. O meu carro aguentou bem a viagem. Já vi o estádio do Dragão, coisa que dispensava. Já matei quase todas as saudades da Guigui. Hoje passei o dia em conversas de A a Z com um casal de amigos.
A cabeça doi menos, a confusão ainda é grande. Mas as pessoas aqui parecem mais seres humanos do que na Mouraria, e já fiz novos amigos na bomba de gasolina onde invariavelmente tenho parado para esclarecer para que lado devo seguir para chegar onde quero.
Vou dando noticias sempre que puder. Até pode ser que seja ao fim-de-semana... ;o) Fiquem bem, que eu por cá me vou pondo melhor.

03/10/2003

Sorrisos

Ultrapassei as quinhentas visitas. Tanta gente, ou talvez não... Não interessa. O que gostei mesmo foi de ler os comentários ao meu ultimo post. Eu já disse que voltarei, mas se tivesse dúvidas, tinha-as com certeza perdido ao ver que há mesmo quem aqui venha, quem siga a minha vida mesmo sem me conhecer, e que me dá um empurrãozinho para a frente.
Obrigado a todos, e obrigado por me "tomarem conta da loja". :) E, Marronco lindo, lamento, mas se eu cantar, seja lá em que nota for, apenas vou fazer mais alguém ficar muito deprimido... Um beijo, que me vou encher de forças para outro lado.

02/10/2003

Baixar os braços

Não tenho escrevinhado quase nada. Confesso que me sinto quase cobarde por ter desistido, mas a verdade é que me sinto esgotada, pela primeira vez em anos. Não cansada, esgotada e vazia. Como se dentro de mim apenas houvesse um mar revolto, que teima em libertar-se, sem aviso prévio, pelas janelas da minha alma. Por isso, tenho trabalhado com afinco, sem tempo para nada mais que não sirva para me aplacar a consciência de estar ausente daqui para a próxima semana. Daí a cobardia. Vou fugir. Por uma semana vou abandonar tudo e todos, familia, amigos, trabalho. Vou tentar recuperar a força perdida, a largueza de ombros, o mar calmo e limpido de que preciso para que respirar não seja um esforço desumano.
Voltarei aqui, sempre que precise e que possa. E isto, como disse o outro, é uma ameaça.